quarta-feira, 21 de março de 2007

Capitulo 1: O mundo estranho da França

Passados alguns dias, e algumas conversas mais prolongadas com os nativos, comecei a compreender melhor este povo fascinante que é o povo francês. É inacreditável, por exemplo, você ver uma pessoa sair do estado de extrema satisfação e alegria e ir até o outro extremo a ponto de dizer palavras, mesmo que aterradoras e bárbaras para uma cultura católica apostólica romericana como a nossa, que são capazes de diminuir em até 30cm a estatura de uma pessoa despreparada e sem resposta. Assim são eles desde o iluminismo.
Nas ruas, os carros que vêm da direita têm sempre a preferência mesmo que estejam em uma rotatória. Isso explica bastante o caos que se forma ao redor do arco do triunfo e em 2 de cada 3 esquinas da cidade, onde além de prestar atenção nos automóveis, os motoristas também devem se preocupar em não atropelar as pessoas que atravessam a rua deliberadamente. Isso não se faz no Brasil, de jeito nenhum. Essa é a principal razão da minha exagerada cautela em vias européias. Se você encostar o dedão no asfalto sem ao menos olhar 7 vezes para cada lado no meu país, tem todo o direito de ser atropelado de frente e ré com a presença de todos os curiosos num raio de 300km para testemunharem a favor do motorista - e dos hippies e vendedores de hotdog que costumam aproveitar situações estratégicas como essa, além de ter sua foto publicada na Gazeta do Povo do dia seguinte com a provável chamada: "Suicida (provavelmente drogado) se atira na frente de carro indefeso".
Estranho mundo esse o da França, não acham?

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